DIFERENÇAS GRAMATICAIS ENTRE A LIBRAS E A LÍNGUA PORTUGUESA COM ÊNFASE À CONJUGAÇÃO E TRANSITIVIDADE VERBAL

Autores

  • Iara Mikal Holland Olizaroski Unioste
  • Beatriz Helena Dal Molin

Palavras-chave:

Libras, Língua Portuguesa, Gramática

Resumo

No Brasil a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida pela Lei Nº 10.436/2002 como meio legal de comunicação e expressão dos surdos. Contudo, a mesma Lei postula que a Libras não poderá substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa (LP), o que obriga o surdo a conceber a escrita em LP como sua segunda língua (L2). Contudo, a Libras e a LP são de modalidades distintas, sendo essa oroauditiva e aquela visuoespacial, o que resulta em gramáticas diferentes. Esse fato leva o surdo a cometer algumas inadequações no ato da escrita, uma vez que tende a transferir a gramática da sua língua natural (LN) para a L2 (Aspilicueta, 2006). Das inadequações cometidas, uma das mais recorrentes trata-se da conjugação e transitividade verbal, pois esses elementos morfossintáticos manifestam-se, na Libras, de forma muito dissemelhante à LP. Diante desse contexto, este artigo tem como objetivo apresentar as diferenças gramaticais entre a Libras e a LP no que concerne a elementos fonético-fonológicos e morfológicos e, mais especificamente, a elementos morfossintáticos referente à conjugação e transitividade verbal. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, com base nos estudos de Ferreira (2010); Quadros e Karnopp (2004); Finau (2004); Cunha e Cintra (1985) e Tufano (1990).

Biografia do Autor

Beatriz Helena Dal Molin

Professora titular da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), de Cascavel-PR. Coordenadora do NEaDUNI. Pós-doutorado no programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (USFC). Doutora em Engenharia de Produção na área de Mídia e Conhecimento. Mestre em Linguística na área de Análise do Discurso.

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Publicado

2024-12-16