MULHERES, DISCURSO CIENTÍFICO E DARWINISMO: DIZERES EM CONFLITO?

Autores

  • Anna Deyse Rafaela Peinhopf
  • Dantielli Assumpção Garcia

Resumo

Refletimos, nesse artigo, sobre os dizeres que envolvem as mulheres e o discurso científico, atravessado pelo darwinismo. Consideramos, pelos estudos feministas e de gênero (DAVIS, 2016; BUTLER, 2017), que não há a categoria universal mulher, isto é, “A” mulher não existe, mas sim mulheres, no plural, com suas especificidades (de raça, etnia, classe, sexualidade etc.) e lutas. Porém, como mostraremos neste artigo, nem sempre as mulheres puderam pensar e falar sobre si e sua posição social e histórica, pois, durante séculos, o discurso filosófico-científico delimitou o que era ser mulher. Fundamentados pela Análise de Discurso francesa, que considera a linguagem como mediação necessária entre o humano e a realidade natural e social (ORLANDI, 2010), pensamos sobre como, atualmente, a produção científica de mulheres é recebida e quais efeitos de sentido os dizeres darwinistas produzem sobre elas. Para tanto, selecionamos recortes do livro A origem do homem e a seleção natural, de Darwin ([1871]1974), e do artigo científico A participação das mulheres na ciência, de Silva e Ribeiro (2011).

 

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Publicado

2023-11-23