AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING POLÍTICO UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO DAS IMAGENS DE LULA (2002) E DILMA (2010) EVIDENCIADAS ATRAVÉS DA ANÁLISE COMPARATIVA DE VÍDEOS PUBLICITÁRIOS

Autores

  • Ângelo Alberguini Júnior

Resumo

Este artigo busca analisar e descrever as diferenças de marketing político entre as primeiras campanhas vitoriosas dos dois últimos presidentes do Brasil. Através do resgate histórico bibliográfico das construções de imagem de Lula e Dilma, são feitas as análises de dois vídeos publicitários, responsáveis por consolidar suas imagens e aplicar as estratégias de marketing político desenvolvidas durante os anos que antecederam suas vitórias em 2002 e 2010. Os vídeos escolhidos são “Meu Nome É João”, criado por Duda Mendonça e “Meu Brasil Tá Querendo Dilma”, de João Santana. Ambos foram transmitidos em televisão aberta, em horário nobre, no início das eleições dos dois candidatos e evidenciam as principais diferenças entre as duas campanhas. Os dois enfrentavam problemas comunicacionais e precisaram ter suas imagens e estratégias políticas reformuladas para serem eleitos. Lula deixou de parecer radical e se tornou o “Lulinha paz e amor”, enquanto Dilma buscava empatia sendo a “mãe do povo” e o braço-direito de Lula. Apesar de o resultado ter sido positivo para os dois, a percepção do público não foi a mesma. Lula torna-se um presidente-ídolo e Dilma se elege como sucessora. Entra assim em discussão a eficácia das ferramentas de marketing político e seus princípios ideológicos. As análises têm como base fundamentos de autores como Vieira (2002) e Cervellini (2008) e buscam evidenciar a formulação das estratégias de marketing político, tais como: a identificação do eleitor com o candidato, a conversão do político em marca e o potencial possuído por uma imagem bem fundamentada.

 

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Publicado

2023-11-23