CARTA MAIOR E VEJA: ILS NE SONT PAS CHARLIE HEBDO

Resumo

Este trabalho objetiva, à luz da Análise do Discurso, identificar o posicionamento das revistas Veja e Carta Maior, em duas colunas opinativas, em relação ao atentado ao periódico satírico francês Charlie Hebdo, ocorrido no início de 2015, bem como os efeitos de sentidos gerados por elas. Para tanto, serão utilizados os conceitos de formação discursiva, forma-sujeito e silenciamento, com base nos estudos de autores como Pêcheux (2009), Orlandi (1987) e Maingueneau (2001). Além disso, considerações sobre noticiabilidade, Jornalismo Opinativo e Jornalismo de Revista, para que haja maior compreensão sobre o corpus escolhido, serão desenvolvidas partindo de teóricos como Scalzo (2003), Melo (2003) e Benetti (2008). O ataque à revista francesa, causado pelas publicações consideradas provocativas pelos muçulmanos, teve repercussão mundial e incitou ainda mais o debate sobre assuntos historicamente polêmicos como religião e liberdade de imprensa. Dessa forma, por buscar compreender como se deu a construção discursiva no que tange às causas do ataque, em dois veículos de comunicação com posições ideológicas distintas, e dar abertura a novas discussões sobre a temática, faz-se relevante este trabalho.